terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A onda revolucionária e suas perspectivas

"El presidente (Mubarak) anuncia que no se presentará en las elecciones de septiembre, pero dirigirá la transición para garantizar la seguridad."

Eis a lide da manchete que estampa o jornal virtual espanhol el país.

Após uma terça feira tensa com quase um milhão de pessoas protestando nas ruas, Mubarak se mantém firme após sua tentativa frustrada de seduzir os manifestantes com reformas.
Porém, nem tudo está perdido para o Egito...o ditador resolveu não se candidatar para as eleições de setembro. Quem sabe ele tenha finalmente se contentado com os 30 anos no poder, não?!

Os Estados Unidos, que até poucos dias atrás fornecia armamentos, apoio político e econômico não só para o Egito, mas também para os outros países em crise do mundo árabe, hoje titubeia e repensa sua tática.Vê que não pode com uma revolta generalizada e que ganha proporções nunca vistas.

O maior parceiro da Tunísia eram os EUA, e isto também vale para o Egito.
A onda revolucionária que toma hoje a África e começa a se alastrar pelo Oriente Médio se mostra poderosa e sem medo de si, tão destemida que até mesmo a maior potência do mundo - EUA - não pôde confrontá-la e apoiar diretamente as ditaduras ameaçadas.

Mas não é tudo. Em resposta ao povo, a contra-revolução se inicia...

Na Jordânia por exemplo, país caracterizado por sua estabilidade política, os protestos e mobilizações desestabilizam o governo do rei Abdalá II - há 12 anos no poder - que diante disso desmantelou o governo, colocou-o em alerta nomeando um primeiro ministro militar, sim, militar! Vê-se a estratégia repressiva.

E também no Egito a situação não é tão otimista quanto parece, mesmo diante de mobilizações gigantescas, Mubarak resiste até setembro, e ele mesmo quer coordenar a mudança política no país. E porque ele quer fazer as manobras ele mesmo? Porque?

Sim, meus caros, nem Mubarak, nem as classes dominantes podem permitir que a população tome o poder desta maneira, pois seria muito perigoso para os interesses capitalistas.

Contudo, como os egípcios disseram hoje: "Se ele (Mubarak) não se vai, nós tão pouco."

Que o povo destrua toda a opressão e construa um novo mundo!

A onda revolucionária que percorre o oriente nos dá grandes lições para alcançarmos o socialismo!

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