sábado, 22 de maio de 2010

Mas o que importa é remar contra a corrente.

Meus leitores queridos!
Como vão todos?

Minha vida anda corrida. Tá. Eu sei que isso não é novidade, mas é preciso dizer né?!
E vos digo que faço o máximo para imbutir o meu brain storm aqui com bastante dedicação, mas de vez enquando fica difícil. Andei passando por uns problemas estomacais, contudo, felizmente tudo tem melhorado aos poucos- ou não.

Vamos ao post:
O que me deprime um tanto é sair por aí e ver que as pessoas, a maioria, é tão vazia, e finge viver de forma profunda.
Sim...eu sei que todos tem direito de gostar do que quiserem e de acreditarem no que lhes provir. Sim, eu sei.
Mas não podemos ficar limitados nessa concepção de que tu tens a consciência que tu quiseres, e o problema é teu.
Não é bem por aí.

Cito aqui um grande homem, Karl Marx, que várias vez disse que não é a consciência das pessoas que determina suas vidas, mas o contrário, a vida que determina a consciência de um indivíduo. O fator econômico não é o único determinante, mas é base essencial para tu seres o que tu és!

Tantos gostos estúpidos e fúteis espalhados em pessoas tão estúpidas quanto os seus gostos.
Estou pouco me importando com o que o vencedor do BBB está fazendo com o seu prêmio recebido, estou pouco me importando se a Lady Gaga está passando suas férias no Caribe ou na Nova Zelândia. Pra mim tanto faz como tanto fez. Eles já tem fãs de mais, e são podres de ricos por causa desses mesmos fãs.
Mas o maior problema não é ser fã de fulano ou de ciclano, o importante é ter a consciência do que se passa além do seu mundo fantasia, além do seu mundo particular, que foi criado intencionalmente para que você não se depare com a realidade, que nunca foi muito agradável!
20 milhões de miseráveis brasileiros estão espalhados por esse país, a taxa de desemprego não está tão baixa assim, a criminalidade só tem aumentado inclusive nos vilarejos do interior, os empresários estão cada vez mais ricos e os trabalhadores estão cada vez mais desgastados.
Contudo, para pessoas vazias, isso não é nada, pois o que importa é seu conto de fadas.
Não nego que um pouco de fantasia seja necessária as vezes, mas a realidade deve ser fundamento.
Viver de acordo com o sistema, sem pensar, sem fazer críticas, sem fazer uma análise justa, e apenas viver assim por que a modinha dita isso ou aquilo é uma vergonha!
Sei também que é muito mais fácil viver cego para não enxergar as desgraças, mas só se essa cegueira for inata.
O que importa é remar contra a corrente...O que importa é transformar o mundo, como disse mais uma vez Marx.
E remar contra a corrente não é simplesmente fazer um discurso como eu faço agora, não é se proteger de baixo de um rótulo "sou contra o sistema!". Remar contra a corrente vai muito mais além de tudo isso. Remar a corrente é vestir a carapuça e sair por aí para romper com todos os paradigmas em todas as áreas que você vive. Remar contra a corrente é ser diferente, fazer a diferença.
Fazer a diferença não é andar com uma melância no pescoço, por que muitos já fazem isso, muito menos subir no último andar de um prédio e ameçar o governo a mudar se não tu suicidas.
Não, nada disso.
Fazer diferença é pensar criticamente. E isso poucas pessoas fazem, para a nossa infelicidade.

Remar contra a corrente não é excentrismo, e se fosse, seria necessário sermos todos excentricos.


Abraço forte.



quarta-feira, 5 de maio de 2010

A decisão do STF sobre a Lei da Anistia.

O Supremo Tribunal Federal decidiu após um longo e tenebroso inverno no dia 29 de Abril passado, o desfecho da situação da Lei da Anistia(1979), que "perdoava" tanto os torturadores quanto os torturados da Ditadura militar(1964-1985), e revelou a visão ainda mitificada que perdura em nosso país.
O resultado foi: 7 votos contra 2, a favor de blindar a Lei.
Nada mais que chocante e deprimente.

Em países como Argentina, a população rompeu os paradigmas e visões reacionárias e pune justamente os opressores de sua própria ditadura(1976-1983). Um exemplo desse foi a prisão do ex ditador argentino general Reynaldo Benito Bignone, condenado a 25 anos de prisão. Justiça feita.

A decisão do STF sobre a Lei da Anistia é o mesmo que esquecer o passado sofrido, esquecer a dor passada pelas pessoas que lutaram pela democracia e liberdade.
Aqueles que se levantaram contra o regime não podem ser lembrados como os antigos usurpadores governistas.

Os que lutaram contra a ditadura tem sim seus nomes escritos na história da luta por um mundo mais justo.


Aquele que esquece as falhas de seu passado, se auto permite cometer as mesmas falhas em um futuro não muito distante.


Até mais, meu caros leitores.