segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sistema decadente, humanidade decadente parte 2

Estimados leitores, como vão todos? Aproveitando muito o último semestre deste ano?

Pessoalmente, tenho me ausentado mais do que gostaria deste blog... E disso vocês já tem ciência.

Na postagem anterior lancei métodos de análises que costumam ser ocultados e rechaçados pela ideologia dominante. Abordei a questão da religião, do conformismo, do sentimento de indignação, concluindo que a necessidade de mudança é iminente e improrrogável.

Como considerou Lênin há muito tempo: "Perecer ou lançar-se para a frente a todo o vapor. É assim que a história coloca a questão."

A história colocava a questão e ainda a coloca desta maneira.

Fidel, por exemplo, asseverou corretamente no início deste ano, que a humanidade deve ser salva imediatamente. (ver: http://www.cubadebate.cu/noticias/2011/02/15/fidel-con-intelectuales-a-la-humanidad-hay-que-salvarla-ya/)

O mundo está repleto de sepultadores de sonhos! Pessoas que acreditam naquilo que existe, mas não naquilo que pode vir a existir, e acreditam naquilo que existe simplesmente porque foi algo imposto. Pessoas que desistiram de questionar, refletir, pensar mais...Pessoas que são verdadeiras máquinas ambulantes, repetindo mecanicamente algo já programado em seu sistema interno, incapazes de ir além do pré-estipulado.
Encontramos pessoas assim por todo lado, em todo lugar.

Não se pode cair na crítica ignóbil, de que o mundo de hoje é ruim, e tudo que há nele deve ser exterminado.
O capitalismo alcançou vitórias gigantescas, e elas devem ser mantidas e melhoradas.

A crise de 2008, que se estende inquebrantavelmente até os dias de hoje, comprovou pela milésima vez que o capitalismo, apesar de tudo, está fadado ao fracasso. As revoltas na Grécia, na Espanha, na Inglaterra ganharam proporções não esperadas; até mesmo Nova York teve uma manifestação nesta semana dos indignados com a situação político-econômica dos EUA.

A áfrica, até então legada ao esquecimento pela maior parte do mundo, foi sacudida por revoltas, iniciadas pelos tunísios, contaminando os egípcios (os quais derrubaram um governo déspota de mais de 30 anos), argelianos, líbios, sírios, iemenitas, etc.(sendo estes dois últimos no oriente médio).

O caso da Líbia, o qual também abordei neste blog, é delicado, e merece especial atenção. Inicialmente, a revolta popular foi positiva, pois poderia causar uma verdadeira renovação na sociedade líbia, e até mesmo uma possível guinada rumo ao socialismo. Todavia, as forças ocidentais mercenárias (OTAN, em especial) se infiltraram ao máximo para fazer da revolta líbia uma revolta liberal, favorável aos interesses econômicos e políticos dos EUA e da UE.
E tristemente, deve ser reconhecido que a morte de Kadafi não salvará a Líbia de suas mazelas.

Mais curioso ainda é o caso do Egito. O povo deste país fascinante derrubou Mubarak, o ditador, e então foi instaurado um governo provisório que prometia justiça social.
E...de acordo com o que a história tem nos mostrado, tal governo provisório apenas prometeu, e não cumpriu suas promessas, realizando apenas delicadas reformas.
Sendo assim, a população frequentemente tem se levantado (novamente) para manifestar sua insatisfação com o governo provisório (que difere pouco do governo de Mubarak).

Sem dúvidas 2011 foi um ano com grandes ensinamentos para o mundo...
E o primeiro ensinamento a ser absorvido (que não é nenhuma novidade):

É que... as reformas devem ser essenciais e não formais, devem ser radicais, no sentido de combater o problema central, e não maquiá-lo, devem ir até o fim...sem medo.

E isto não tem sido feito.

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